domingo, 26 de julho de 2015

Pães e Peixes na minha Vida

         A partilha hoje é breve, fruto de um tempo conturbado mas produtivo.
         Prometi que haveriam mais posts aqui no blog, e como podem perceber, parei mais uma vez, sem conseguir cumprir o prometido. Os motivos foram muitos, desde doença até a correria do trabalho e da vida. 
        O que acontece é que quando algo não vai bem em mim, seja no físico, no emocional ou no espiritual, isso reflete na minha capacidade de escrever. Não sei escrever sem deixar um pouco da minha essência escorrer entre as palavras, e essa essência quase desaparece quando estou passando pelas "turbulências da vida". 
         Nada disso deveria ser desculpa para as coisas que faço. mas, felizmente, eu acho, não consigo separar o que sou do que escrevo. Quem me conhece sabe muito bem descobrir meus sentimentos através do que escrevo. Né Irmã Eliete? rsrsrs
         O que tirei de "lição" desses dias, é que ainda me falta muito confiar na Providência Divina. Ainda falta muito para meu abandono ser real, para que eu saiba passar por tudo confiando que Deus vai agir, e descansar. 
         No Evangelho da multiplicação dos pães (o Evangelho desse domingo, o 17º do Tempo Comum), Jesus nos mostra 2 atitudes que temos diante das dificuldades. Quando constatou que havia uma multidão e que precisava alimentá-los, se depara com o cálculo frio do apóstolo que pensa em quanto gastaria financeiramente para alimentar a multidão. Quantas vezes já decretamos como impossível algo porque pensando friamente descobrimos que exigiria mais do que nós somos capazes?
         A segunda atitude vem com o outro apóstolo, que apresenta o fato de que há um menino que têm pães e peixes, mas deixa-se vencer pelo desanimo ao acreditar que não conseguiria alimentar a multidão com somente aquilo. Quantas vezes nós até vemos uma possível solução, mas nos desmotivamos por pensar que nosso problema é maior do que a solução?
         E por fim Jesus nos mostra a confiança e a prudência do menino. Ele não esperou que os pães caíssem do céu, mas garantiu sua alimentação naquele período. Ele nos ensina que confiar em Deus não é "cruzar os braços" e esperar que Deus faça tudo, mas confiar que, se faço a minha parte, Deus cuida do restante. O menino nos ensina também que o abandono em Cristo significa entregar o que temos de mais precioso, aquilo que pode salvar nossa vida (lembremos que o menino poderia negar de entregar os pães e os peixes, alegando que eram para sua sobrevivência). Ele confia tanto na Providência Divina que sabe que Jesus jamais o deixaria perecer e assim doa o seu pouco acreditando que o Filho de Deus transformaria em muito.
         Confiar na Providência Divina não é fácil... Nossa fraqueza insiste em nos conduzir ao individualismo, ao querer resolver tudo com "as próprias mãos", se esquecendo que Jesus é o Deus do impossível. 
         Quem eu quero ser dentro das 3 opções que o Evangelho propõe? Quem eu tenho sido?

Que Deus nos abençoe!
Michele Cristina

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