Descobri que não tenho
capacidade para fazer e manter amigos. E como dói constatar isso. Como dói ver
que acabo sempre sozinha por mais que me esforce. Confesso que sou consciente
que deveria fazer mais, porém não consigo me abrir totalmente sem antes confiar,
e quando confio, na maioria das vezes sou enganada, traída e deixada de lado.
Me considero meio anti-social, sou
extremamente tímida em grupos pequenos - mesmo que pra falar para muita gente
eu tenha facilidade - e tenho uma barreira que faz com que eu demore a ser uma
boa companhia. Porém não ajuda nada quando eu faço um esforço tremendo para me
abrir para novas pessoas ou para pessoas que já conhecia, mas não tinha dado
essa chance e quando menos espero essas pessoas mudam, viram as costas para mim
sem eu nem ter percebido o que fiz de errado.
É desgastante, sabe? E eu choro,
sim, por isso. Não é porque gosto de solidão ou pareço ser uma pessoa recolhida
que não me sinto abandonada e esquecida. Acho que sinto até mais que quem é
extrovertido. A diferença é que eu calo, não exponho por medo de me ferir ainda
mais.
Também não tenho dom para dar
murro em ponta de faca. Para fingir que tudo está bem quando não está. E acabo
me afastando.
Não sei por que essas coisas
acontecem tanto comigo. O mais provável é que o erro esteja em mim, mas como
saber se ninguém me mostra? Aliás, não dizem que os amigos gostam da gente como
somos? E que eles devem nos ajudar a sermos melhores?
Preciso confessar também que não
tenho cultivado tantas amizades por medo de ser ferida novamente, o que quase
sempre acontece. É algo inconsciente na prática. Sempre tem um muro protetor a
minha volta que impede de eu sair e encontrar o outro.
Não sei fazer e manter amizades,
não sei. Os raros que ficam, ficam por saberem da precariedade em que esse
coração se encontra. São esses dois ou três que ainda mantém minha esperança.
E olhando pra Jesus, hoje, só
consigo dizer... Eh Jesus, no fim será só eu, sua Mãe e o Senhor!
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