quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por que o padre não se casa?

Celibato é uma entrega total e amorosa ao Reino de Deus

Quando ouço alguém dizer ou mesmo me perguntar: “Por que padre não se casa?” Eu poderia repetir a pergunta de outro jeito: Por que você se casou ou por que você está solteiro? Por que você é professora ou advogado? Ou mãe de família? E assim por diante. Isso prova que toda vocação é um grande mistério entre Deus e o coração da pessoa por Ele convidada a abraçar um estado de vida. Não se esqueça que alguém pode ser feliz e realizado ou infeliz e triste pela escolha livre que fez. A vocação é assumida livremente e eu não fui obrigado a assumir o sacerdócio e o celibato.
O celibato não é uma castração nem uma proibição de casar ou outras coisas semelhantes. Celibato é uma entrega total e amorosa ao Reino de Deus e ao serviço do Seu povo. Neste estado de vida eu assumo e respondo livremente, pois a diferença não está tanto no exterior, mas está dentro de minha alma, foge de mim e de mim transborda.
Acredito que eu seja diferente somente pela escolha e pela consagração que Deus fez comigo, assim como você pode ser diferente naquilo que você é. Não posso negar: sou diferente de dentro para fora, sou consagrado, separado para ser todo de Deus, para ser todo das pessoas, da missão, da Igreja. O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito; não me prende a ninguém, mas me deixa livre para todos. É um desafio, pois continuo exatamente como todo homem: com sentimentos, dificuldades e pecados também, mas eu abracei a escolha que fiz: “Estou no mundo, mas não sou do mundo, nem sou como todo o mundo”.
O nosso mundo precisa exatamente de mim assim diferente e talvez seja isso que incomode e ajude tanto as pessoas.
Você aceita ser diferente assumindo a vocação que abraçou?
Eu fui conquistado por amor e por amor continuo todos os dias deixando-me conquistar: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que escolhe a vós”. Vocação é um mistério que eu vou descobrindo todos os dias um pouco mais.
Peço a você a permissão de ter uma vocação diferente e nela ser realizado e feliz. Como existem casais, jovens, professores, domésticas, médicos felizes e realizados em sua vocação, eu sou feliz e realizado por ser sacerdote e celibatário. Que bom que todo o mundo não é igual e não tem a mesma vocação, a diferença enriquece a vida e o mundo.
Como sempre dizemos: “As diferenças não são barreiras, mas sim, riquezas”. O mais importante é ser coerente e verdadeiro na diferença que assumimos em nossa vida.
Parabéns por você ser diferente e feliz!
O que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC), número §1579: “Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a "cuidar das coisas do Senhor", entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado; aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus”.
CIC §1599: “Na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado normalmente é conferido apenas a candidatos que estão prontos a abraçar livremente o celibato e manifestam publicamente sua vontade de guardá-lo por amor do Reino de Deus e do serviço aos homens” (Cf. Catecismo da Igreja Católica, números 1579/1580).
O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito, não me prende a ninguém, me deixa livre para todos.
Oração: Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite: “Vem e segue-me"! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e a generosidade para seguir a tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta as nossas comunidades para a missão. Ensina a nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder "sim". Amém
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Minha bênção fraterna.
Padre Luizinho - Com. Canção Nova
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fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11562

3 comentários:

  1. Olá, cara amiga!
    Tivemos algumas mudanças e o blog mudou. Agora no lugar do Ecclesiae Dei, é o http://catolicosomos.blogspot.com
    Visite-nos e troque o link no seu blog, ok?
    Abraços
    João Batista

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  2. Salve Maria! Já ouvi pessoas dizerem que seria melhor que os padres pudessem casar para acabar com os casos de pedofilia no clero. Coisa absurda. Igual proibir os casamentos para acabar com os adultérios. Abraços

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  3. Estou completamente de acordo, um Padre que se entregue, ao celibato, é para estar ao dispor da Igreja e principalmente do Povo. que caminha para Cristo, não é para virar costas aos filhos de Deus , que precisam, de conforto moral, e Espiritual, pois se não é para dedicar, ao serviço da igreja, nem dos seus paroquianos , é melhor deixar os paramentos encima do Altar, é porque assim : não tem contas a prestar do seu Ministério Sacerdotal

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